Há 32 anos, por circunstâncias da vida, comecei a trabalhar com administração pública. Bem antes de me formar em Administração, que, uau!, lá se vão, agora em 2024, 30 anos.

Recordo que voltei a morar em Porto Alegre, em definitivo, em 1973. O prefeito era Telmo Thompson Flores, nomeado pela ditadura. Ainda um imberbe jovem de 15 anos, mais preocupado com os desafios e alegrias da adolescência, pouco sabia do que era uma cidade. Comecei a notar, mais acentuadamente, com 18 anos, quando assumiu a prefeitura Guilherme Socias Villela, também originário da didatura, embora eleito indiretamente. E, também, ao fato de começar a participar, ativamente, do grêmio estudantil, do qual exerci os cargos de Secretário e de Diretor Cultural. Um rebelde, diriam.

A memória, passados os anos, pode nos falhar, mas tenho, cá comigo, lembranças de que a gestão Villela foi uma boa gestão para a cidade. Consultando a Wikipedia, vejo que meu sentimento até que possui alguma razão:

Em sua gestão foram inaugurados o Parque Marinha do Brasil e o Parque Maurício Sirotski Sobrinho. Em sua gestão também foi criado o Brique da Redenção, evento cultural que se repete todos os domingos, há mais de duas décadas, na Rua José Bonifácio, junto ao Parque Farroupilha. Além desses, foram abertos o Parque Vinte de Maio e o Parque Mascarenhas de Moraes, além de 35 novas praças e feitas ampliações no Parque Moinhos de Vento e no Parque Farroupilha, totalizando o plantio de 1,15 milhão de árvores em oito anos de governo.

Criou a primeira Secretaria Municipal do Meio Ambiente, pioneira no Brasil. Foi o autor da Lei do Impacto Ambiental, que dispõe sobre a prevenção e o controle da poluição do meio ambiente no município.

Façamos uma viagem no tempo Para um tempo distópico. Porto Alegre a partir de 2020 (um pouco antes, a bem da verdade, na gestão de Nelson Marchezan Jr.).

Praticamente tudo e mais um pouco, das realizações do Villela, está sendo destruída, desmantelada, arrasada pela administração de um prefeito inepto, um vendilhão, um prefeito de quinta categoria.

Diria mais e sem a menor dúvida: o pior prefeito de toda a história de Porto Alegre. Já passei por 13 prefeitos desde que moro aqui. Em termos executivos esse cidadão é uma excrescência. Uma abominação gerada por uma direita absolutamente burra, que pensa que cantar o hino nacional para pneu é a salvação. E, claro, pelas polpudas doações pessoais dos donos das grande empreiteiras e negócios do mercado imobiliário (já públiquei sobre isso aqui), que fazem desse estropício que comanda Porto Alegre um maltrapilho marionete de chapéu de palha.

Porto Alegre se afunda a cada chuva, enquanto a única preocupação do pulha é vender, vender e vender. Vende a Carris, vende o Dmae, vende os parques, vende o Centro Histórico e bairros adjacentes, vende o 4º Distrito, vende tudo o que pode. Vende? Ok, concede! Façam-me rir nessa altura da vida.

Já fomos a cidade mais arborizada do Brasil; a água do Dmae já foi considerada a melhor do Brasil; já fomos reconhecidos e conhecidos no mundo todo por sermos a capital de um mundo melhor (FSM).

Hoje? Hoje somos a antípoda do conceito de cidade.

Villela foi prefeito pela ditadura, mas fez por Porto Alegre infinitamente mais do que esse dejeto do bolsonarismo é minimamente capaz de fazer.

E, pior de tudo: o que faz o faz porque temos uma Câmara de Vereadores excretada da mesma forma e que aprova todos os “toletes” despejados pela marionete de chapéu de palha lhes envia.

A culpa? Não tenho dúvidas: é de uma esquerda cada vez mais incompetente. Talvez essa seja uma distopia maior ainda, uma esquerda incapaz.

https://www.escosteguy.net/wp-content/uploads/2024/01/quinta-categoria.pnghttps://www.escosteguy.net/wp-content/uploads/2024/01/quinta-categoria-150x150.pngLuiz Afonso Alencastre EscosteguyE aí, Prefeito5ª Categoria,Antípoda,Prefeitura de Porto Alegre,VillelaHá 32 anos, por circunstâncias da vida, comecei a trabalhar com administração pública. Bem antes de me formar em Administração, que, uau!, lá se vão, agora em 2024, 30 anos. Recordo que voltei a morar em Porto Alegre, em definitivo, em 1973. O prefeito era Telmo Thompson Flores, nomeado...Antes de falar, pense! Antes de pensar, leia!