Ano novo pra mim só começa em 2 de junho às 10:45h.

Não conto os anos considerando as revoluções da Terra em torno do Sol, mas pelas minhas em torno dele. E elas começaram às 10:45h de um dia convencionado como 2 de junho de um já longínquo ano do século passado.

Meia noite de 31 de dezembro? Sabemos ser mera convenção. Assim como dizer que Jesus nasceu em 25 de dezembro. OK. Humanos, em geral mas não todos, precisam de tradições, rituais e crenças para conseguirem sobreviver em meio a uma humanidade que só piora com o passar dos séculos. Avançamos na medicina e na tecnologia, mas em quaisquer outros campos que se pense, só pioramos: as guerras, a fome, o individualismo, o egoísmo, a ganância, a hipocrisia e tantas outras mazelas (a lista é enorme) que já poderíamos ter eliminado, só fazem aumentar.

Se é para comemorar passagens, ainda prefiro comemorar a passagem das estações. Essas sim, causam grandes mudanças e impactam no nosso comportamento e no dos animais e plantas. Deveríamos voltar aos tempos ditos pagãos e comemorar efemérides da natureza.

E o aniversário de cada um, pois essa é a única volta em torno do Sol que realmente importa. E quanto mais voltas já tivermos dado, menos serão as que teremos pela frente.

Enfim, comemoremos.

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