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Quinquagésimo Primeiro Dia do Primeiro Ano da Terceira Era Lula

Moucos. Fazer ouvidos moucos, ou ouvidos de mercador.

Típico de Sebastião Melo, prefeito de Porto Alegre.

Faz-se de surdo quando se lhe tenta mostrar que anda na contramão do mundo. Insiste na sanha privatista.

Agora mira suas baterias para o Departamento de Águas e Esgotos – DMAE. O DMAE é uma autarquia, criada em 1961 e tem sua origem em 1928, na Diretoria-Geral de Saneamento e, depois, em1956, como Secretaria Municipal de Água e Saneamento. Mais de 99,5% da população porto-alegrense recebe água tratada pelo DMAE.

Em 30 de novembro do ano passado, Melo publicou um ato criando um Grupo de Tranlaho, a ser coordenado pelo Vice-Prefeito Ricardo Gomes (sobre o qual conhecemos bem a história de neoliberal direitista ferrenho), com o objetivo de “propor os termos de parceirização (concessão)” do DMAE.

Melo faz ouvidos moucos para a história da privatização da água no mundo. Mais de 300 cidades, em 36 países reestatizaram o fornecimento de água. Péssimos serviços, preços elevados fazendo com que uma grande parte da população deixe de ter acesso a água e saneamento, a busca de lucro priorizando áreas de maior poder aquisitivo e inúmeros outros problemas.

Paris, Berlim e tantas outras grande cidades pelo mundo são exemplos de que é possível captar, tratar e distribuir água pelo ente estatal.

Falta voltade política, mas essa nós sabemos qual é a do Melo: privatizar tudo o que puder nos seus quatro anos de governo.

Antes dele, porém, o ex-prefeito Nelson Marchesan já havia tentado privatizar o DMAE – e da pior maneira possível: sucateando a autarquia. O TCE fez diversos apontamentos sobre a gestão Marchesan. O relatório do TCE diz que Marchezan teve “conduta contrária ao interesse público, desarrazoada e imprudente” na gestão do Dmae mesmo após vários alertas“.

Assim como está fazendo com os parques urbanos de Porto Alegre, Sebastião Melo sucateia o DMAE para justificar a privatização, que ele eufemisticamente (safadamente) chama de concessão.

Água é como o ar: essencial à vida. Água, assim como o ar, pertence à humanidade. Não pode ser tratada como uma mercadoria e colocada nas mãos de empresários ávidos por lucros. Nós já pagamos pela água. e pelo saneamento. Se a prefeitura julga que a tarifa que cobra é insuficiente para prestar um serviço adequado para toda a população, que apresente os valores que pensa ser justo. A sociedade entenderá e pagará. Mas pagará por ser um serviço público e não por dar lucro a uns poucos.

Sebastião Melo e sua trupe precisam, devem ser defenestrados de Porto Alegre.

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https://www.escosteguy.net/wp-content/uploads/2023/02/ouvidos-moucos-01.jpghttps://www.escosteguy.net/wp-content/uploads/2023/02/ouvidos-moucos-01-150x150.jpgLuiz Afonso Alencastre EscosteguyO ChatoÁgua,DMAE,Ouvidos Moucos,Porto Alegre,Privatização,SaneamentoLI - I - III EL Quinquagésimo Primeiro Dia do Primeiro Ano da Terceira Era Lula Moucos. Fazer ouvidos moucos, ou ouvidos de mercador. Típico de Sebastião Melo, prefeito de Porto Alegre. Faz-se de surdo quando se lhe tenta mostrar que anda na contramão do mundo. Insiste na sanha privatista. Agora mira suas baterias...Antes de falar, pense! Antes de pensar, leia!