Do Livro das Definições – I: Ser de Direita.
Ser de direita, por definição, não é algo ruim. Mesmo porque, direita hoje é um conceito tão vago, que acaba por abraçar gente que apenas não simpatiza com a Dilma, com o Lula ou, até, gente que acha que acreditar que um outro mundo é possível é algo impossível para si.
Os bobinhos que repetem manchetes da mídia, e por isso se julgam de direita, também não causam mal algum. No fundo, eles também querem um país mais justo, um país menos desigual.
A direita de hoje nada mais é do que o reflexo de um tempo em que a esquerda não tinha vergonha de estampar no peito que era de esquerda. Por razões pessoais, que não cabe avaliar, não saíram às ruas. Tirando uma ou outra situação pontual e específica com relação a atuação do governo, sabem bem que a condução do país está em boas mãos. É a classe média da direita consciente. Discute o traçado, mas também tem o mesmo objetivo para a estrada.
Existem, no entanto, três outras direitas (e, antes que os impacientes que não esperam pela continuação critiquem, digo que também há três outras esquerdas): a direita que faz por onde ser de direita (donos do capital); a direita que, por medo de perder o emprego, finge ser de direita; e a extrema direita, formada por gente absolutamente incapaz,em quaisquer aspectos que se possa imaginar.
continua…
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