Duas simples razões.

A primeira – e ruim – é que o PT não deixa mais ninguém crescer a ponto de ocupar o sagrado lugar do Lula. Ou, dito de outra forma, não aposta, não investe em mais ninguém. Pra valer. Não como “alternativa”, coisa tipo “se não tiver Lula vai tu mesmo”, ou fingir que aceita abrir mão do protagonismo em favor de pessoas de outros partidos. 

Não digo novidade alguma.

A segunda, é que a direita brasileira finge que quer o Executivo, mas sabe que quem manda no Brasil é o Legislativo. E a diferença com a extrema direita é justamente essa: a extrema direita quer o poder do Executivo para impor ditaduras.

Conseguiu, momentaneamente, não por competência própria – e aqui cabe lembrar que era  sabido que o capitão desde sempre foi um incompetente, um lesado intelectual, um boneco escolhido para ser manipulado pela ainda velha guarda fardada, criada e educada nas academias pelos “revolucionários de 64” – mas pela incompetência da própria esquerda que, do alto da sua arrogância, perdeu a capacidade de analisar a conjuntura que se formava desde 2013.

É sabido que algo em torno de 70% dos eleitores, que colocaram o atual condenado na presidência da República, o fizerem não por suas qualidades ou por acreditarem que o comunismo seria instaurado no Brasil, caso a esquerda vencesse – ou, pior, que seríamos transformados em uma Venezuela, país da hora no imaginário criado – mas tão somente por terem sido induzidos ao ódio a tudo quanto fosse “Lula” e ao que ele representava. Imagem criada ou não.

Esse é o problema da idolatria: vai-se o ídolo e junto leva a todos que em torno dele orbitam.

Estamos, na verdade, novamente sem alternativas. Melhor dizendo, o que temos pela frente não são alternativas. Ou Lula ou os filhotes políticos do condenado. Peco na análise. Há alternativa, sim. Dentre estes últimos, estão os mais perigosos: os que usam a fé para proveito exclusivamente próprio. Uma real alternativa, infinitamente pior, diga-se de passagem. 

Entre Lula e o fundo do poço que está sendo cavado pela fé, e pela absoluta incompetência da esquerda em apresentar novas lideranças, ainda teremos um momento de alívio.

O pior virá depois, com certeza.

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