Faltando menos de 24 horas para o encerramento do encontro, Lula admitiu que o entendimento a ser alcançado em Copenhague não será “o mais perfeito”, mas disse que chegou a hora de “construir o acordo que é possível construir”.
“Penso que essa proposta de uma reunião representativa dos principais interlocutores regionais permite que cheguemos à assembleia amanhã (sexta-feira) com uma proposta para ser aprovada”, disse Lula.
“Se não tivermos a competência de reunir o líderes e tomar decisão, corremos o risco de sermos fotografados como os líderes que não cuidaram do planeta quando era possível.

Não, meu caro presidente. O único risco que os líderes dessa fotografia correm é de entrarem para a história como incompetentes.
Por fim, Lula solta mais uma pérola, dessa vez refinada:
Tem muita coisa que nós queremos que já estão nos documentos. Outras faltam, outras entram em colchetes, mas os líderes políticos existem pra isso. Chegou a hora dos líderes sentarem e dizerem: o acordo vai ser esse e aprovar o que for possível.
Existem três verdades inquestionáveis nessa frase: uma, políticos são pagos pelo povo para tomar decisões políticas; duas, decisões políticas sempre são as “possíveis”. (Não recordo agora quem disse e exatamente como disse, mas parece que “política é a arte do possível”, ou coisa parecida).
Três, que quando alguns poucos políticos se reunem para tomar uma decisão, essa decisão invariavelmente é a mais “possível” para lhes favorecer, seja de que modo for. O que Lula e Sarkozy (e os poucos outros convidados – na expressão do Lula, “principais interlocutores regionais”) estão fazendo nada mais é que dizer: dane-se a natureza e o resto do mundo. Nós vamos decidir esse negócio!
Surpresa?
(Fonte das citações: BBC Brasil)
Atualização (manhã de 18/12): “Estou rindo para não chorar”, diz Lula após reunião com líderes em Copenhague (UOL)

Luiz Afonso Alencastre Escosteguyaquecimento globalFaça a sua parteMudanças climáticas'Faltando menos de 24 horas para o encerramento do encontro, Lula admitiu que o entendimento a ser alcançado em Copenhague não será 'o mais perfeito', mas disse que chegou a hora de 'construir o acordo que é possível construir'. 'Penso que essa proposta de uma reunião representativa dos principais interlocutores...Antes de falar, pense! Antes de pensar, leia!