eduardo cunha

A situação política brasileira é tal, que por vezes somos pegos explicando o BEABÁ nos posts. Para alguns pode parecer arrogância, alto tipo “mas será que esse imbecil do Afonso não sabe que eu sei isso? É tão básico!”

Pois é, mas tem coisas que parecem ter sido esquecidas. Definitivamente esquecidas.

Uma delas é o significado de representação. No sentido político, Houaiss assim explica o verbete: “substituir, estar no lugar de; fazer as vezes de” ou “ser mandatário ou procurador de”.

A representação política é um fundamento da República (viram? Já começou o ar professoral…). Como não podemos estar sentados, todos os mais de 200 milhões de brasileiros, nos plenários do Congresso Nacional para decidir o que queremos, quando queremos e como queremos satisfazer nossas necessidades, escolhemos alguns que “reflitam” o pensamento de ao menos muitos.

É o lado bom da tal democracia. É a pluralidade da sociedade representada.

Mas, e quando os representantes esquecem que são mandatários, procuradores ou que nos substituir significa fazer aquilo que queremos e não o que eles pensam querer?

É o caso do atual Congresso. Muitos, mas muitos mesmos, agora que estão ali fazem apenas o que bem lhes aprouver. Sequer consultam “suas bases” para recordar se foi por essas razões que foi escolhido.

É o caso de Eduardo Cunha, Aécio Neves e Cia Ltda. Desde que assumiram só fazem por si. Aécio, o pior deles, só tem por projeto derrubar a presidenta.

E tenho certeza que seus eleitores (tanto como senador quanto como candidato à presidência) não o colocaram lá para isso.

Eduardo Cunha, por outro lado, merece um capítulo especial no livro “Grandes Falcatruas Políticas do Século XXI no Brasil”.

Pergunto: o que ele fez que esteja de acordo com a representação que ganhou?

Será que seu eleitorado está contente com os planos de saúde a ponto de ter escolhido alguém que impediria a CPI dos Planos de Saúde?

Será que seu eleitorado está contente com a terceirização a ponto de ter escolhido alguém que defenderia um projeto como o PL 4330?

Será que todos os seus eleitores são evangélicos a ponto de querer que ele faça cultos religiosos em pleno Congresso de uma República laica?

Será que seu eleitorado desejava ver um deputado criar projetos (ou dar andamento a) absolutamente fisiológicos apenas para “se vingar”?

Exemplos de projetos fisiológicos?

– PEC da Bengala, para que Dilma não possa nomear ministros do STF.

– Ameaçar com projeto que proíbe a recondução do PGR, para contrariar a presidenta que já manifestou que o manterá.

– Ameaçar fazer de tudo para que o candidato a ministro do STF não seja aprovado em sabatina.

– Ameaçar não aprovar as medidas provisórias do ajuste fiscal proposto pelo governo

E por aí vai.

Esse cidadão é um arremedo de representação. Está lá no Congresso apenas para satisfação dos seus próprios desejos e não os de seus representados.

Um embuste!

 

 

 

Luiz Afonso Alencastre EscosteguyO ChatoA situação política brasileira é tal, que por vezes somos pegos explicando o BEABÁ nos posts. Para alguns pode parecer arrogância, alto tipo 'mas será que esse imbecil do Afonso não sabe que eu sei isso? É tão básico!' Pois é, mas tem coisas que parecem ter sido esquecidas. Definitivamente...Antes de falar, pense! Antes de pensar, leia!