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Escolha um tema. Será polêmico. A dois ou a muitos, não importa. A divergência é da natureza. Predadores divergem das presas. Fato: humanos inventaram a emoção e a razão. E inventaram a guerra.

Guerras são justificadas pela razão para esconder a emoção. O desejo de domínio é pura emoção. Tudo que vem durante e depois é mera explicação para a emoção.

Milênios de filosofias – e filósofos – já falaram sobre isso. O que resta? Resta que humanos são movidos pela emoção e que inventaram a razão apenas para controlá-la.

E, mesmo no séc. XXI, ainda em plena era da razão, agimos com base no menos animal instinto que consideramos ter: a emoção.

A razão nos diz que animais não têm razão e, por consequência direta, emoções. Bactérias, ratos, cães e gatos assumem, perante a razão e a emoção humanas, o mesmo grau na escala utilitarista. Repito: escala egoísta.

A razão da ciência desenvolveu poderosos argumentos emocionais: fazemos para salvar a sua vida! Ou, “as leis não permitem teste em humanos!”

A ética! Sempre ela. A humana, claro (antes que falem que ética é coisa de humanos…), a que permite escolher qual seres viver podem não ser mortos. A ética que abomina matar, mas permite matar. Inclusive humanos.

É a mesma ética que discute pena de morte e aborto. A mesma ética que cria “direitos dos animais” e esquece dos direitos das crianças, quando permite veicular propagandas de produtos que matarão nossas crianças. Que nos matarão!

O que já era uma extrapolação nos chamados “direitos humanos”, o tal de “politicamente correto”, onde só se pode fazer o que alguns determinam possa ser feito (tipo fumar, onde o “único direito” é não fumar), transforma-se, nos animais, em ditadura.

E na ditadura, como sabemos, não há meio termo.

Há os que pensem que as ditaduras sejam apenas as militares (ou as garantidas por eles). Esquecem-se que ditadura também é o querer impor a sua definição do que deve ser feito ou não.

A culpa não é das pessoas, mas das pessoas que fazem da razão e das pessoas que fazem da emoção suas únicas e excludentes formas de interagir com o mundo.

Usar animais como cobaias é resultado da “razão pura”; ser contra, é resultado da emoção conduzida pelo “politicamente correto”.

Produzir remédios é a razão da indústria; produzir cosméticos é a razão das mulheres (tradicionalmente).

Produzir saúde com certeza não é a razão. e menos ainda a emoção, dos animais!

Resumindo: a razão – e tão somente a razão – determinou que é mais barato fazer testes em animais do que desenvolver testes que prescindam deles.

E só a emoção tem sido o argumento contrário…

Luiz Afonso Alencastre EscosteguyO ChatoEscolha um tema. Será polêmico. A dois ou a muitos, não importa. A divergência é da natureza. Predadores divergem das presas. Fato: humanos inventaram a emoção e a razão. E inventaram a guerra. Guerras são justificadas pela razão para esconder a emoção. O desejo de domínio é pura emoção. Tudo que...Antes de falar, pense! Antes de pensar, leia!