lobo mau

Cícero, como todos sabem, mais do que apenas um porquinho preguiçoso, representa a nossa falta de preocupação com o perene e, também, a nossa justa preocupação com a diversão, como o prazer imediato, rápido e, preferencialmente, intenso, mesmo que seja de palha e não resista ao sopro do lobo mau.

Cícero é o evento; os jogos, a festa. Dura um mês; é um prazer intenso no mundo todo, mas e é palha. E o lobo mau anda soprando para acabar com ele.

Heitor, com sua casinha de madeira, representa o processo de construção da copa, do evento. É um pouco mais duradouro que. São as pessoas – e suas famílias – que, por mais de cinco anos, puderam aproveitar as oportunidades geradas em todas as “indústrias”, “serviços” e “plantações” nesse país afora.

Não é preciso descrever tudo o que foi movimentado na economia para a realização da Copa2014. Do prego ao papel higiênico, passando pelo tomate, o feijão com arroz, o pneu, tudo, absolutamente tudo o que se possa pensar foi movimentado. É gente que precisou fabricar, instalar, construir, vender, alugar…

Mas é uma casa de madeira e o lobo mau anda soprando feio em cima dela. Parece não descansar. Sequer segue o roteiro de esperar que caia primeiro a casinha de palha. Nosso lobo  ataca nas duas frentes. Quer ver a economia ir pro beleléu…

Convenhamos, em algo o lobo mau tem razão: acabadas as “obras da copa”, haverá não apenas um contingente de “desempregados”, mas uma economia em possível “recesso”. Se considerarmos o atraso nessas obras, esse efeito, de cair definitivamente a casinha de madeira, deverá acontecer por volta de meados de 2015.

Dependesse do lobo mau e dos seus parceiros de armagedon, a história dos três porquinhos seria apenas a história dos dois porquinhos.

Mas não contavam com minha astúcia, diria Prático. [OPS! Já estou misturando histórias.]

Sabemos que o lobo mau não acreditou, e ainda não acredita, que as obras do Prático permanecerão. O legado! Dele podemos dizer (quem sabe o lobo mau leia isso, né?):

1. As obras (o legado) não seriam feitas, seja por qual governo fosse. Vou usar Porto Alegre como exemplo, mas óbvio que vale para qualquer uma das sedes.

Jamais teríamos BTRs. Não há o que discutir sobre isso. Nenhum governo quer saber de mobilidade urbana, além dos discursos de praxe.

Jamais teríamos as duplicações e quadruplicações que estamos vendo (a beira-rio tá uma maravilha com quatro pistas uau!). Viadutos, passagens de nível, extensão do Trensurb. O “escambau” que JAMAIS veria, em vida, em Porto Alegre.

2. Os estádios. Diferente de outros países (quiçá), no Brasil estádios de futebol são templos. Alguém poderá reclamar de um grande estádio em BSB, ou Manaus, mas reclamar dos demais? Parece piada do lobo mau… E, apesar de algumas pessoas simplesmente (com ou sem má fé) se recusarem a aceitar, serão pagos com pilas privados. Financiamento público? Claro que sim. Não é para isso que também serve um governo, para fomentar políticas públicas? E o futebol, apesar de negócio privado, não envolve a “alma pública” do brasileiro?

Vai catar coquinho, né Lobo Mau?!!!

Só vou te dizer uma coisa: não vai ter copa? Que tristeza! Mas a economia cresceu, as pessoas adquiriram renda pelo trabalho, as obras permanecerão?

Quem é o bobo da Copa2014, Lobo Mau?

Luiz Afonso Alencastre EscosteguyO ChatoCícero, como todos sabem, mais do que apenas um porquinho preguiçoso, representa a nossa falta de preocupação com o perene e, também, a nossa justa preocupação com a diversão, como o prazer imediato, rápido e, preferencialmente, intenso, mesmo que seja de palha e não resista ao sopro do lobo...Antes de falar, pense! Antes de pensar, leia!